segunda-feira, 30 de maio de 2011

AMAMENTAÇAO


O nosso primeiro contato logo após o parto, foi especial, indescritível e único. O papai firme forte ao meu lado, Laura nos meus braços e a primeira troca de olhar. Ela como hoje, tem os olhos mais cativantes e intrigantes que eu conheço. Parecia que já entendia e sabia que era a protagonista da história e que eu era a mamae escolhida, a que lhe daria todo amor e carinho do mundo e que seria capaz de dar minha própria vida por ela.
O papai queria experimentar esse sentimento, queria tê-la em seus braços e assim foi feita sua vontade e outra vez uma troca de olhares, a primeira entre pai e filha.

Agora era momento de cuidar da minha zoiudinha, nao riam e nem me chamem de malvada. É que ela nasceu tao piquititita devido o C.I.U.R, que de longe víamos os olhos arregalados. Era minha, era nossa ... a mais desejada e amada.
Me levaram para o pós-parto para que eu pudesse amamentar pela primeira vez e enquanto eu esperava um turbilhao de sentimentos tomavam conta de mim. Como será? serei capaz de alimentá-la?

Laura chegou morta de fome e já sentia o cheiro do leitinho, que para curiosidade de muitos a criança é capaz de sentir o cheirinho do leite a metros de distância e minha filha nao era diferente. Descrever esse momento seria bem difícil, porque nao tem descriçao e posso garantir que foi mágico. Um momento só nosso, mesmo estando rodeada de familiares, era nosso momento. Eu olhava pra ela e ela pra mim e o meu único desejo era que nao acabasse.

A notícia mais difícil pra mim foi quando o pediatra conversou comigo e disse que devido o baixo peso ela necessitaria de complemento artificial e foi como um balde de água fria. No começo ela só aceitava o leite materno e me preocupei por nao obedecer ás ordens médicas, por outro lado o meu interior dava graças a Deus porque teria a oportunidade de amamentá-la por mais tempo. Acordava de 3 em 3 horas para amamentá-la e em seguida oferecia o complemento e devagar ela ia aceitando o leite artificial. Saímos do hospital com ordens restritas e que agora no papel de mae, seria capaz de cumprir todas.

Nossa chegada em casa foi um pouco confusa, eu tinha medo e estava ansiosa. Queria que desse tudo certo e nao queria falhar. Durante nossa estada no hospital meus peitos estavam parcialmente fissurados (com rachadura) e compramos uma santa pomada (meu marido comprou tudo sozinho, que orgulho!) e dias depois estava preparada para alimentar sem dor e com  sorriso maior do mundo. Tinha tanto leite, parecia um sonho :o) compramos a bomba elétrica para auxiliar, que foi super útil no meu caso. Laura mamava e dia após dia notava uma mudança, já tinha engordado e o que me deixava mais feliz, preferia o meu leite ao leite artificial Uhuuuu

O que nao pensei é que uma semana mais tarde as coisas mudariam de rumo e o que eu mais temia estava prestes a acontecer. Laura nao queria mais o peito, Laura queria o menos complicado (a lei do pouco esforço), esperta como a mae e cabeça dura como o papai. Eu a colocava no peito e ela virava a cabeça de um lado e do outro, fazia biquinho (como se qusesse dizer: nao quero fazer esforço mamae) e eu dizia a mim mesma ela tá sem fome, por isso nao come. Insistia uma e outra vez e nada, até que me rendia à mamadeira e a danada tomava como uma bizerrinha.

Tentei fazer diferente, eu tirava o meu leite e colocava na mamadeira e num bico próprio para esses casos, ela teria um pouco mais de dificuldade pra tomar o leite e nao funcionou. Voltei pra mamadeira com bico normal e ela tomava tudo. Era confuso, hora mamava no peito e hora nao e eu estava frágil, precisava de tranquilidade para absorver todas essas informaçoes. Percebi que a produçao de leite estava diminuido e eu comecei a correria contra o tempo. Como muitos sabem, vivo na Espanha e longe da família e comecei a seguir conselhos de longe. Os mais antigos me disseram: Canja de galinha e eu corria pra cozinha; Canjica!!! e eu corria fazer canjica, litros de água, leite e nada :o( Acho que até ganhei uns kilos e nada de produçao leite. Comecei a procurar outros produtos e pra meu desespero nao encontrava nada aqui, e por momentos passei odiar o lugar onde vivo, pq achava que se estivesse com minha família e num lugar onde encontraria tudo pra tentar aumentar a produçao de leite, eu estaria amamentando até hoje.

Quando fui a ginecologista contar o meu drama, ela me olhou e disse: acho que está secando o seu leite e voce já nao pode fazer mais nada e uma angústia tomou conta de mim. Nao chorei no consultório por me fazer forte, mais chorei muito e em várias ocasioes sentia raiva e sentia inveja das mamaes que conseguiam amamentar e que eram felizes.

Depois de muito pensar, levantei a cabeça e disse a mim mesma "Voce fez tudo o que podia e que estava ao seu alcance, agora chega! O importante agora é estar bem e cuidar de Laura e do seu esposo, que sofrem por ve-la triste e chorando pelos cantos. Xô tristeza e tudo de ruim"

Amamentei Laura 2 meses e meio e agradeço a Deus pelo privilégio de ter amamentado minha filha esse tempo. Me lembro que antes de dormir sempre conversava com Deus, às vezes  já estavam todos dormindo e eu estava ali, com os olhos fechados e agradecendo por ter amamentado mais um dia e ao mesmo tempo pedia: "Senhor, só mais um dia".

Passar por esta etapa, me fez mais fortE e um conselho à todas as mamaes que desejam amamentar é: NAO DESISTAM!



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Eu usei esse creme, mais acredito que nao tenha no Brasil, custo 19 euros

 

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